DinheiramaNews: Brasil reconhece Juan Guaidó como presidente interino da Venezuela

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Agora você confere as principais notícias de 24/01/2019, quinta-feira.

Brasil e EUA reconhecem Juan Guaidó como presidente interino da Venezuela

O Brasil, em conjunto com 12 países da região, reconheceu na quarta-feira (23) Juan Guaidó como presidente interino da Venezuela pouco depois de o deputado se proclamar presidente durante manifestação que reuniu milhares de pessoas em Caracas para protestar contra o ditador Nicolás Maduro.

“O Itamaraty acabou de emitir uma nota reconhecendo Juan Guaidó como presidente da Venezuela, e o Brasil, juntamente com os demais países do Grupo de Lima, que estão reconhecendo um a um esse fato, nós daremos todo o apoio político necessário para que esse processo siga seu destino”, disse o presidente Jair Bolsonaro em Davos, na Suíça.

A decisão de passar a tratar o presidente da Assembleia Nacional da Venezuela como líder interino do país em substituição a Nicolás Maduro, no poder desde a morte de Hugo Chávez (1954-2013), foi tomada em uma reunião que durou 90 minutos com os presidentes Iván Duque (Colômbia) e Lenín Moreno (Equador), a vice-presidente peruana, Mercedes Aráoz, e a ministra das Relações Exteriores do Canadá, Chrystia Freeland.

Também participaram do encontro às margens do Fórum Econômico Mundial em Davos, onde estão Bolsonaro e Duque, acadêmicos como o venezuelano Ricardo Hausmann, que leciona em Harvard e já defendeu em artigo a derrubada do regime, e Filippo Grandi, alto comissário da ONU para refugiados.

A reunião para tratar de Venezuela já estava marcada pelo menos desde o início da semana, mas os fatos acabaram se sobrepondo ao debate.

Pouco antes do encontro, Guaidó se colocou como presidente. Enquanto Bolsonaro, Duque e os demais alinhavavam uma posição conjunta, o americano Donald Trump declarou que os EUA reconheciam em Guaidó o presidente interino da Venezuela, dando início a um efeito dominó. Equador, Costa Rica, Argentina, Chile, Paraguai e Guatemala emitiram comunicados em seguida.

Dos 14 países que compõem o Grupo de Lima, criado para buscar uma solução para a crise venezuelana, apenas Guiana, Santa Lúcia e o México de Andrés Manuel López Obrador não apoiaram Guaidó. Bolívia e Rússia reafirmaram seu apoio a Maduro.

Brasil não participa de intervenção em outros países, diz Mourão

O presidente em exercício, Hamilton Mourão, descartou a possibilidade de uma participação brasileira em uma eventual ação militar externa na Venezuela após o Brasil e os Estados Unidos reconheceram o líder opositor Juan Guaidó como presidente interino do país vizinho. “O Brasil não participa de intervenção, não é da nossa política externa intervir nos assuntos internos de outros países”, disse Mourão, ao deixar o Palácio do Planalto na quarta-feira (23).

Horas antes, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarara que “todas as opções estão sobre a mesa” em relação ao país sul-americano.

Mourão afirmou que o apoio político do Brasil é em relação à decisão do líder opositor e futuramente, caso seja necessário, o Brasil vai participar de um apoio econômico para “reconstrução” da Venezuela.

Na hipótese de prisão de Guaidó, o presidente em exercício disse que o Brasil, neste caso, “só pode protestar; não vai fazer mais nada além disso.”

Guedes anima mercado e faz Bolsa bater recorde; dólar cai mais de 1%

A entrevista concedida pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, no Fórum Econômico Mundial ajudou a tirar o dólar do patamar de R$ 3,80 para onde havia caminhado nos últimos pregões e levou a Bolsa brasileira a atingir nova máxima histórica.

Em entrevista à agência de notícias Bloomberg, Guedes falou que a principal meta do governo é a aprovação da reforma da Previdência, que há compromisso com a redução do déficit público e que o programa de privatizações deve arrecadar pelo menos US$ 20 bilhões (ou R$ 75,6 bilhões) neste ano.

As afirmações ecoaram junto a investidores, aplacando a decepção com o discurso de menos de 10 minutos do presidente Jair Bolsonaro (PSL) na véspera e de entrevistas desmarcadas em Davos, incluindo uma coletiva de imprensa nesta quarta.

O Ibovespa, índice que reúne as ações mais negociadas do país, saltou 1,52% e fechou a 96.558 pontos, renovando o recorde da semana passada. O volume financeiro foi de R$ 14,5 bilhões.

Foi a primeira entrevista exclusiva do ministro após a posse. Desde que assumiu o cargo, Guedes vinha apenas concedendo algumas declarações isoladas, que se perdiam em várias afirmações sobre planos do do novo governo.

A entrevista dele ajudou também o mercado a ignorar que a lista de prioridades dos primeiros cem dias do novo governo não inclui a reforma da Previdência. O documento foi apresentado no Brasil na tarde desta quarta pelo ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM), que tem pouca simpatia do mercado financeiro.

O dólar, que operou até o começo da tarde alternando entre perdas e ganhos e chegou a bater R$ 3,81, passou a cair após a fala de Guedes. Fechou o dia em baixa de 1,07%, cotado a R$ 3,7630.

Democrata veta ida de Trump ao Congresso

Em uma atitude incomum, a presidente da Câmara dos Deputados dos EUA, a democrata Nancy Pelosi, vetou nesta quarta-feira o tradicional discurso sobre o “Estado da União”, que o presidente Donald Trump faria na terça-feira em sessão conjunta no Congresso.

“Escrevo para informar que a Câmara dos Deputados não votará nenhuma resolução para autorizar o discurso sobre o Estado da União até que o governo esteja funcionando”, disse Pelosi em carta enviada à Casa Branca – a democrata se refere à paralisação de cerca de 25% do governo federal, que nesta quarta-feira chegou a 33 dias.

Cerca de 800 mil funcionários públicos deixaram de receber salários em dezembro, porque democratas e republicanos foram incapazes de aprovar um orçamento que Trump quisesse assinar. O presidente não abre mão de obter US$ 5,7 bilhões para a construção de um muro na fronteira com o México, uma de suas promessas de campanha. A oposição rejeita a obra.

Nos últimos dias, as desavenças entre democratas e republicanos parecem ter se tornado uma briga pessoal entre Trump e Pelosi. A democrata havia sugerido adiar o discurso, alegando questão de segurança em razão da paralisação federal. Aliados do presidente criticaram o pedido, dizendo que o objetivo de Pelosi era privar o presidente de uma plataforma política.

Na quarta-feira, após o cancelamento, Trump criticou Pelosi. “Ela não quer ouvir a verdade”, afirmou o presidente. “Infelizmente, é uma marca negativa para nossa democracia.”

------ Este artigo foi escrito por Redação Dinheirama. Este artigo apareceu originalmente no site Dinheirama.A reprodução deste texto só pode ser realizada mediante expressa autorização de seu autor. Para falar conosco, use nosso formulário de contato. Siga-nos no Twitter: @Dinheirama



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