Vivemos muito mais movidos pelo instinto da sobrevivência do que pelo da conquista ou inovação e nem precisa olhar para seu vizinho ou colega – basta refletir sobre seu dia a dia. E até ai tudo bem, faz parte do jogo, mas a grande reflexão vai para nossos comportamentos em tempos bicudos como os que vivemos atualmente, com inflação descalibrada, dólar subindo, insegurança generalizada e todo o caldeirão de incertezas e ingredientes que temos na mão para cozinhar hoje e sabe lá até quando.
Tempos assim nos fazem aprofundar ainda mais em nosso modelo padrão, que é o de sobrevivência e é ai que mora o perigo!!! especialmente porque as iniciativas que deveriam garantir nosso crescimento ou sobrevivência no futuro são colocadas de lado, assim o modelo de investimento 70-20-10 da Coca (70% no que funciona – 20% na inovação do passado que funcionou – 10% nas apostas do que poderá funcionar) vira 100-0-0 e incentivos ou apostas nas quais não temos 100% de confiança são descartados sem o menor dó ou piedade.
Entendo a busca incansável pelo que funciona melhor ou perfeito, mas nesses tempos de incertezas carregamos a mão em investigar vs testar ou fazer – vale outra reflexão: alguém já encontrou o Santo Graal da métrica perfeita? Acho que não e talvez essa métrica não exista nesse contexto liquido de transformações numa velocidade maior que nossa capacidade de compreender e mensurar. E olha que dedico boa parte do meu tempo na busca de métricas que me ajudem a navegar nesse oceano de possibilidades, porem deixo a pergunta - “Ainda cultivamos aquele gut feeling marketeiro?” é! Aquele mesmo que as vezes nos faz apostar no incerto, simplesmente por acreditar que pode funcionar.
Voltar ao “modo default” ou sobrevivência nos faz reduzir ou anular nossa capacidade de inovar e investir em novas midias como a digital e vejo ai um enorme risco e oportunidade! Um brinde aqueles que seguram a linha e seguem de olho no comportamento e consumo de mídia de seus consumidores, independente de qualquer crise – esses devem sair fortalecidos! Um pedido de atenção para aqueles que recolheram seus investimentos e ambições, receosos do “será que vai dar certo?” – gosto muito de repetir a frase “o que nos trouxe até aqui, não necessariamente nos levará adiante”, assim em tempos bicudos sugiro uma formula: coragem + proximidade com sua agencia (trate sua agencia como parte de sua equipe, não como um simples fornecedor) + olho vivo no seu consumidor.
Tenho convicção que marcas que seguirem firmes no caminho da inovação e re-distribuição de seu mix de mídia, privilegiando expressar seu proposito conectando e conversando com consumidores sairão fortalecidas desses tempos que vivemos.
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