Ontem o Startupi participou de uma rodada de negócio da IoE Community São Paulo, que aconteceu no Distrito, Campus de Venture Building localizado no bairro do Jardins.
O grupo não está somente focado na implementação da tecnologia e exemplos da vida real de implementações IoE/IoT, mas também nos valores de negócios e melhorias na experiência do usuário através desta inovação tecnológica.
Hoje a Internet das Coisas está chamando a atenção global. As Coisas geram dados para o consumo humano ou da máquina e são controlados por humanos ou máquinas. A Internet of Everything estende o âmbito da Internet das Coisas em três dimensões adicionais: Dados, Pessoas e Processos.
Lucas Humenhuk, Technical Evangelist da Microsoft, participou do evento e contou como a Microsoft está enxergando essa tecnologia.
Lucas destaca que o conceito de Internet das Coisas ainda não está completamente definido, as empresas ainda estão debatendo sobre isso, mas para explicar, ele usou o quadrante abaixo para determinar quando uma coisa é definida como IoT.
[caption id="attachment_82679" align="aligncenter" width="344"] Foto: Divulgação Microsoft[/caption]
Segundo ele, para uma coisa ser IoT, ela precisa estar dentro dos quadrantes, ou seja, precisa ter um dispositivo, que pode ser qualquer coisa, desde objetos a seres vivos. Já no segundo quadrante, se analisado sozinho, o dispositivo está apenas gerando dados, por isso não pode ser considerado IoT. "Você não está consumindo, você não está usando, por isso, o device passa a ser um dispositivo como uma automação, uma robótica, ou como qualquer outro dispositivo que está gerando informação para você", diz Lucas.
No terceiro quadrante, a nuvem, como usa a internet, algumas pessoas já passam a entender que ela por si só, é Internet das Coisas, pois estão gerando dados e enviando isso para a nuvem. Lucas particularmente, prefere enxergar a Internet das Coisas apenas no conjunto entre todos os quarto quadrantes, acrescentando o analytics, ou seja, para ter Internet das Coisas você precisa de um dispositivo gerando dados, enviando para a nuvem e sendo consumido.
Uma pesquisa recente realizada pelo Gartner definiu quais são as tecnologias de ponta que estão vindo para o mercado, e se você olhar com atenção, IoT está no topo da onda, o que significa que é a tecnologia mais bem vista para o futuro. Atrás dela vem Big Data e Machine Learning.
[caption id="attachment_82699" align="aligncenter" width="918"] Foto: Divulgação Microsoft[/caption]
Durante a apresentação, Lucas chamou a atenção para o fato de que a Internet das Coisas ainda está no pico de Inflated Expectation, o que significa que ainda não existe uma definição para o que ela serve.
"O Gartner entende que IoT é o futuro, mas ainda não sabemos o que fazer com ela, ainda precisamos passar pelo ciclo de desilusão até entendermos para que essa tecnologia serve e sair com uma produtividade", acrescenta Lucas.
Como o uso de devices para captação de dados é parte primordial do conceito de Internet das Coisas, podemos notar que nos últimos anos, os dispositivos que utilizamos diariamente estão cada vez mais adaptados à internet. No gráfico abaixo, podemos notar esta grande diferença:
[caption id="attachment_82688" align="aligncenter" width="600"] Foto: Divulgação Microsoft
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[caption id="attachment_82689" align="aligncenter" width="600"] Foto: Divulgação Microsoft[/caption]
Oportunidade em Internet das Coisas
O Gartner determina que até 2020 serão 25 bilhões de devices conectados: relógio, gravata, cachorro, bicicleta, tudo aquilo que pode gerar dados e enviar para a nuvem. Com isso, serão US$1.7 trilhões gerados somente com o IoT. Outro destaque é que 70% do valor habilitado pelo IoT virá de cenários B2B.
Como a Microsoft irá te ajudar com isso?
Quando falamos de nuvem, o maior debate é sobre segurança. O Microsoft AZURE, uma coleção crescente de serviços de nuvem integrados — análise, computação, banco de dados, serviços móveis, rede, armazenamento e Web, é uma das nuvens que tem mais certificados de segurança, por exemplo, todos os dados transitados entre um device e a nuvem precisam ser criptografados, coisa que um Arduino, por exemplo, não consegue realizar.
Existem considerações de arquitetura importantes para o serviço de nuvem voltado para IoT. São quatro padrões que precisam existir. São eles:
Telemetria - Informação que flui a partir de um dispositivo para outros sistemas de estado de dispositivo de transporte e de ambiente.
Consultas - Solicitações de dispositivos que procuram reunir informações ou iniciar atividades.
Comandos - Comandos de outros sistemas para um dispositivo ou um grupo de dispositivos para realizar atividades específicas.
Notificações - Informações fluindo de outros sistemas para um dispositivo ou grupo para a mudança de status.
Lucas destaca outro ponto importante, pois a maioria das vezes quando falamos de IoT, falamos com pessoas que são engenheiras, que entendem tudo sobre produção, eles sabem desenvolver placas, sistemas, devices, mas para isso se transformar em Internet das Coisas, precisa atender outros pontos.
Qual seria a melhor arquitetura de sistema de nuvem voltado para IoT? Precisa atender as outras cinco vertentes. É necessário um gestor, uma pessoa que irá receber os dados, é preciso ter uma coluna de transformação, uma de storage e uma de apresentação. Veja os detalhes no quadro abaixo:
[caption id="attachment_82690" align="aligncenter" width="933"] Foto: Divulgação Microsoft[/caption]
Lucas conta que a maior confusão que existe hoje com IoT é que os engenheiros que sabem fazer placas, não mexem com softwares e empresas que mexem com softwares, não sabem fazer as placas, por isso, a Microsoft está tentando entrar num conceito de desenvolvimento para IoT para unir esses dois mundos, transformando isso num produto final de verdade.
Ele afirma que IoT está acontecendo agora, precisamos pegar essa onda, embarcar e começarmos juntos a definir o que é essa tecnologia. Segundo ele, a Microsoft tenta da melhor forma possível trazer serviços que são simples para engenheiros poderem desenvolver, da mesma forma que os desenvolvedores tem uma abertura gigante para fazer sistemas complexos e ajudar esses engenheiros.
"É preciso entender o impacto de IoT para negócios, IoT não são sensores dispositivos, isso é engenharia, automação e robótica. IoT é sabermos o que vamos fazer com toda informação que é gerada. Do que adianta eu colocar um sensor em uma vaca? Qual o objetivo final disso? Você precisa saber! IoT é isso, gerar dados e trabalhar com eles, isso no final dará informações muito importantes que pode mudar a perspectiva de negócio", finaliza.
O post Como a Microsoft está trabalhando com o conceito de IoT apareceu primeiro em Startupi.
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