Dia Mundial da Poupança


Já vos tinha falado que este dia é considerado o dia mundial da Poupança.
E também já vos tinha falado que há imensas formas de “poupar”, sem ser aquela ideia de colocar dinheiro de lado, até porque é uma realidade difícil (para não dizer impossível) para algumas famílias.

Falo-vos aqui muitas vezes do desperdício alimentar e de como podemos rentabilizar da melhor forma os alimentos que temos em casa. Estas duas últimas semanas foi o que tentei fazer: reduzir ao mínimo a minha lista de compras e dar uso a alimentos que estavam meio esquecidas no congelador e na despensa, e que com as coisas do cabaz de semanal (de frutas e legumes) fomos conseguindo fazer uma ementa equilibrada e variada.

É também por isso que esta semana não partilhei a minha ementa semanal, mas quero partilhar com vocês como rentabilizei aquilo que tinha em casa de forma a criar a nossa ementa semanal. A semana passada falei-vos do caril de lentilhas e abóbora manteiga, aproveitando um resto de lentilhas que andavam à meses cá em casa. Tudo o resto eram coisas que já tinha por cá, como a abóbora que tinha vindo no cabaz, o arroz, a cebola e o pó de caril que são artigos comuns na despensa.
A semana passada fiz ainda umas migas de couve com broa, e a broa tinha-a também congelada, umas sobras de uma outra receita. E as pataniscas de bacalhau foram preparadas com umas postas de bacalhau mais finas que tinha no congelador, uma vez que também acho que compensa sempre mais comprar um bacalhau inteiro e demolhar em casa - aproveitando muitas vezes promoções - que que comprar lombos e postas congeladas e demolhadas. Um pouco de farinha, ovo, salsa e cebola da “despensa” e que costuma haver quase sempre disponível em qualquer casa.
O Biryani de borrego foi também preparado com resto borrego que tinha no congelador - que seria pouca quantidade para assar (além de ser apenas aquela parte mais fina do peito) mas que assim, num arroz aromático com especiarias e iogurte deu até para duas refeições.

O mesmo aconteceu com a carne que fiz na slowcooker, uma das últimas peças de estufar do cabaz de carne de vaca que estava cá em casa e acompanhamentos do cabaz semanal, e o entrecosto também tinha comprado há uma ou duas semanas numa promoção do Aldi. Ou seja, na semana que passou, não precisei de comprar nada mais do que o cabaz de coisas biológicas e alguma fruta e iogurtes.

Percebi também nessa altura que tinha alimentos suficientes para fazer a mesma coisa esta semana. Encomendei novamente o meu cabaz e comprei apenas fruta (que cá em casa a fruta parece que voa... e iogurtes para os miúdos!)
Voltei a passar “revista” atenta à despensa, e a analisar a lista do congelador.
Entre as sobras do fim de semana, uma caixinha com carne à bolonhesa já pronta no congelador, 1 frango caseiro congelado, uns lombos de bacalhau, umas tortilhas também congelados e que tinham sobrado de um outro dia, atum que não falta na despensa e um resto de espinafres congelados, a ementa semanal ficou quase organizada.

2º feira - Sobras do fim de semana
3º feira -  Mac and Cheese de Carne à Bolonhesa + Salada
4ª feira - Dia de workshop em Lisboa
5ª feira - Bacalhau no forno + Puré + couve salteada
6ª feira - Tortilhas com “panadinhos” de frango (aproveitar o peito do frango que é enorme)+ guacamole + salada (com arroz para os miúdos)
Sábado Almoço - Gratinado de atum, couve flor e espinafres
Domingo Almoço - Frango assado + batatinhas + legumes assados + salada
Domingo Jantar - (Logo se vê, consoante o que sobra da semana ou sopa e umas tostas ou ovos mexidos ou acepipes variados...)

Isto é apenas uma partilha de que fazendo uma gestão do que temos em casa e que vamos comprando, cozinhando e congelando, tantas vezes conseguimos rentabilizar para preparar outras refeições rapidamente, e “diminuir” assim o gasto com idas ao supermercado.
E como uma boa gestão de tudo o que temos, rentabilizando e estando sempre a ver o que temos disponível em casa, conseguimos “descobrir” refeições sem ter necessidade de ir às compras. Ou quase.
Porque “poupar” pode mesmo ser muitas coisas.


Quem também “descobre” refeições com aquilo que tem em casa?


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