Agora você confere as principais notícias de 01/07/2018, domingo.
Justiça decreta prisão preventiva de ex-secretário de Alckmin
A Justiça Federal decretou a prisão preventiva do ex-presidente da Dersa e ex-secretário estadual no governo de Geraldo Alckmin (PSDB) Laurence Casagrande Lourenço e do ex-diretor da Dersa Pedro da Silva. Ambos são alvos da Operação Pedra no Caminho, que investiga fraudes e desvios nas obras do trecho norte do Rodoanel.
Eles estavam presos temporariamente desde o dia 21 e, agora, suas penas foram convertidas em preventivas, com prazo indeterminado. A decisão foi tomada pela juíza Maria Isabel do Prado, da 5ª Vara Federal de São Paulo.
“A liberdade dos investigados Pedro da Silva e Laurence Casagrande Lourenço constitui um grave risco à instrução processual, às testemunhas e, como consequência, à própria possibilidade de aplicação da lei penal, eis que futura ação penal dependeria da proteção destas provas, diante da necessidade de sua reapreciação por meio do devido processo legal”, afirmou a juíza.
Na mesma decisão, a magistrada concedeu liberdade a outros cinco investigados que estavam presos. Foi determinada a expedição de alvarás de soltura para Adriano Francisco Bianconcini Trassi, Benedito Aparecido Trida, Edison Mineiro Ferreira dos Santos, Pedro Paulo Dantas do Amaral Campos e Valdir dos Santos Paula.
A Operação Pedra no Caminho investiga aditivos às obras do Rodoanel assinados pela estatal paulista Dersa na gestão Alckmin que levaram a prejuízos de mais de R$ 600 milhões, segundo a Polícia Federal e o Ministério Público.
De acordo com as investigações, foram beneficiadas pelos aditivos as construtoras OAS e Mendes Júnior, que já são investigadas na Operação Lava Jato.
Youssef usou seis bancos para lavar dinheiro da Petrobrás
Investigação da Polícia Federal identificou nas quebras de sigilo de empresas do grupo do doleiro Alberto Youssef que contas em seis bancos com sede no Brasil foram utilizadas para movimentar US$ 232 milhões. Os valores foram empregados em contratos de câmbio fraudulentos para lavar dinheiro desviado da Petrobrás. O dinheiro passou por 109 contas de empresas, apontadas como de fachada pelo Ministério Público Federal, que foram utilizadas para atividades ilícitas por meio da simulação de contratos de importação e exportação.
A Receita Federal encontrou indícios que apontam para a responsabilidade dos bancos nesses contratos de câmbio fraudulentos usados para lavagem de dinheiro. A informação consta em balanço produzido pelo Fisco sobre sua atuação na operação Lava Jato. O documento cita cinco tipos de omissões por parte de bancos e corretoras de valores.
O Bradesco hospedou 39 contas dessas empresas de fachada mantidas pelo grupo de Youssef. O Itaú Unibanco 18 e o Santander, 13. Além deles, o Banco do Brasil hospedou 11 contas, Caixa, 13 e o Citibank outras 15. No caso do Bradesco e do Citibank, além de hospedarem contas dessas empresas com atuação ilícita, eles também efetuaram contratos de câmbio apontados pelos investigadores como fraudulentos.
As principais responsáveis pelos contratos de câmbio fraudulentos foram a Labogen Química Fina e Biotecnologia; Indústria e Comércio de Medicamentos Labogen; Hmar Consultoria em Informática; Piroquímica Comercial, Bosred Serviços; e RMV & CVV Consultoria.
BRF planeja levantar R$ 5 bilhões para reduzir dívida
Duas semanas depois de assumir a presidência executiva da BRF, o executivo Pedro Parente anunciou ao mercado seus planos para reduzir a dívida e recuperar a gigante de alimentos, dona das marcas Sadia e Perdigão.
A empresa pretende levantar R$ 5 bilhões até o fim do ano, vendendo fábricas na Argentina, Tailândia e Europa, participações minoritárias em outras companhias, como o frigorífico de bovinos Minerva, ativos imobiliários e não operacionais, além de uma melhor gestão de estoques e reestruturação fabril.
O objetivo é reduzir a relação entre a dívida líquida e a geração de caixa —dos atuais 4,4 vezes para 4,35 vezes no fim do ano e abaixo de 3 vezes até dezembro de 2019— e tirar a empresa do vermelho. A companhia encerrou o primeiro trimestre com um prejuízo líquido de R$ 114 milhões, após dois anos seguidos de perdas próximas a R$ 1 bilhão anuais.
O ajuste, no entanto, não virá sem dor. Com poucos ativos fora do seu “core business” para se desfazer, a BRF terá que cortar na própria carne. As vendas dos ativos no exterior vão representar uma queda de 10% nos volumes vendidos e 12% a 13% na receita da empresa.
A expectativa é que a BRF demita ainda 5% de seus funcionários de chão de fábrica no Brasil. Os cortes já começaram e devem se estender pelos próximos 60 dias, atingindo 22 das 35 unidades no país. A companhia foi obrigada a ajustar a produção após as barreiras impostas pela União Europeia por causa da Operação Carne Fraca.
------ Este artigo foi escrito por Redação Dinheirama. Este artigo apareceu originalmente no site Dinheirama.A reprodução deste texto só pode ser realizada mediante expressa autorização de seu autor. Para falar conosco, use nosso formulário de contato. Siga-nos no Twitter: @Dinheirama
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