Agora você confere as principais notícias de 01/08/19 quarta-feira.
Banco Central corta taxa básica de juros em 0,50 ponto porcentual, para 6% ao ano
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central cortou a Selic, a taxa básica de juros, em 0,50 ponto porcentual, para 6% ao ano, na quarta-feira (31). Depois de 16 meses de estabilidade, decisão do Copom foi unânime.
Com a inflação sob controle e a aprovação da reforma da Previdência em primeiro turno na Câmara, a maior parte do mercado financeiro já dava como certa a redução da taxa, que já estava no nível mais baixo da história – a dúvida era apenas quanto ao tamanho do corte, se seria 0,25 ou de 0,50 ponto porcentual.
Em sua reunião de junho, o Copom já havia indicado que, caso a Previdência avançasse na Câmara, a Selic poderia cair. Isso porque a aprovação da reforma abre espaço para um reequilíbrio das contas públicas, reduzindo o risco de a inflação voltar a acelerar.
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Juiz intima Bolsonaro a explicar indicação de filho para embaixada nos EUA
A Justiça Federal intimou Jair Bolsonaro (PSL) e Eduardo Bolsonaro (PSL), filho do presidente, a se manifestarem num prazo de cinco dias sobre a indicação do deputado federal para o comando da Embaixada do Brasil nos Estados Unidos.
A decisão foi proferida na segunda-feira (29) por André Jackson de Holanda Maurício Júnior, juiz substituto da 1ª Vara Federal da Bahia, a partir de ação popular movida pelo deputado federal Jorge Solla (PT).
Na ação, o deputado pede à Justiça Federal que determine “a imediata inibição do ato de indicação” de Eduardo para o cargo de embaixador.
Na semana passada, o governo brasileiro enviou a consulta formal para os americanos sobre a indicação de Eduardo, uma das etapas para assumir a representação diplomática em Washington.
Para Solla, o presidente comete crime de nepotismo ao nomear o filho para o cargo. Também afirma que a indicação tem caráter despótico e fere os princípios da impessoalidade e moralidade administrativa.
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Ibovespa fecha mês com valorização de 0,84%
Julho foi um mês morno para a Bolsa brasileira, que, mesmo batendo recordes, teve leve alta de apenas 0,84%. A aprovação da reforma da Previdência, com ampla margem de votos, em primeiro turno na Câmara não foi o suficiente para manter o viés de alta e nem para reter os estrangeiros.
O período tem a maior retirada de capital do exterior desde outubro de 2018. O saldo é negativo em R$ 5,15 bilhões, segundo dados preliminares da B3. Em 2019, a saída é de R$ 9 bilhões.
A primeira semana de julho foi uma das melhores do ano, com alta de 3%. No período, a Bolsa foi de 100 mil a 104 mil pontos com a aprovação do texto-base da reforma da Previdência, que prevê uma economia de R$ 1 trilhão em dez anos, na comissão especial da Câmara.
Na semana seguinte, mesmo com a aprovação da reforma em primeiro turno no plenário da casa, o índice iniciou sua trajetória de queda.
No dia da votação projeto, 10 de julho, a Bolsa bateu dois novos recordes. Durante ao pregão, o Ibovespa cravou nova máxima, em 106.650 pontos. No fechamento, o recorde histórico também foi renovado, a 105.817 pontos.
O dólar teve trajetória semelhante e depreciou 0,6% no mês. No melhor momento do real, em 18 de julho, a moeda americana foi a R$ 3,729, menor patamar desde fevereiro. Desde então, o dólar ganhou força e voltou a R$ 3,82 nesta quarta, com alta de 0,71% em relação a véspera.
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Guedes diz que ‘dá para conciliar’ acordos de comércio com EUA e UE
O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que é possível conciliar o acordo firmado com a União Europeia com as negociações com os Estados Unidos. Ele afirmou que o governo do presidente norte-americano, Donald Trump, está pensando em uma aliança estratégica para toda a América, e não apenas no âmbito do Tratado Norte-Americano de Livre Comércio (Nafta). “Há interesses que podem ser contornados por acordo comercial”, afirmou. “Temos uma decisão de maior integração. Não se trata de Alca.”
Ele se reuniu com o secretário de Comércio dos Estados Unidos, Wilbur Ross, na quarta-feira (31), e disse que foram discutidas questões como a maior importação de trigo pelos brasileiros e de açúcar e autopeças pelos norte-americanos. “Os Estados Unidos têm interesse em trazer etanol e nós temos tecnologia flexível aqui. Para eles entrarem com Etanol, temos que colocar açúcar lá”, afirmou.
O ministro afirmou que será reativado um fórum de CE’s dos dois países para conversas que incluem fusão de companhias. “Ross mencionou negócio entre Boeing e Embraer, temos que estimular negócios desse tipo”, afirmou.
Guedes disse ainda que tanto nas negociações com a UE quanto com os EUA existem produtores com interesse em proteger seus negócios e que questões como subsídios serão sempre questionadas.
------ Este artigo foi escrito por Redação Dinheirama. Este artigo apareceu originalmente no site Dinheirama.A reprodução deste texto só pode ser realizada mediante expressa autorização de seu autor. Para falar conosco, use nosso formulário de contato. Siga-nos no Twitter: @Dinheirama
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