Os clientes mais assustadores do UX

Os clientes mais assustadores do Design de Experiência do Usuário

E como lidar com eles para sobreviver no mercado de UX Design.

A nossa carreira de UX nem sempre é um conto de fadas. Muitas vezes lidamos com situações horripilantes no mercado de trabalho.

Você provavelmente já ouviu ou até mesmo se queixou com essas frases:

  • “Minha empresa não valoriza o Design…”
  • “O prazo está muito curto…”
  • “O cliente só se preocupa com estética…”

E talvez a pior de todas:

“O produto não está dando resultado e vai haver cortes nos colaboradores.”

Este último, na verdade, é apenas a consequência das primeiras três queixas.

Aproveitando o Halloween, trouxe 4 tipos de clientes assustadores e muito comuns no mercado com dicas que podem salvar sua vida!

Importante para ficarmos alinhados nesse artigo

  • Cliente ≠ usuário
  • Cliente de UX é o seu chefe ou quem te contratou em um freela.

Então vamos lá!

Cliente Freddy Krueger

Sabe tudo sobre o usuário e não precisa fazer pesquisa. É mais poderoso nos sonhos que na realidade.

Você já sabe seu ponto fraco: defenda-se com a realidade!

Busque informações fora dos sonhos do cliente para melhorar seus argumentos e conquistar patrocínio:

  • Leia comentários em lojas de aplicativos como App Store e Google Play
  • Converse com equipes de atendimento, SAC, helpdesk e entenda as principais frustrações, e
  • Explore quaisquer canais de contato do cliente com a empresa.
Procure entender os principais atritos e queixas que já estão ao seu alcance para tornar seus argumentos cada vez mais fortes e conquistar apoio e aprofundar nas pesquisas e testes com usuários.

Se você fracassar sendo o especialista em Design de Experiência do Usuário, é provável que o produto também fracasse e esse filme não tenha um final feliz.

Cliente Samara

Se não terminar o produto em sete dias… É o seu fim!

Se você já viu o filme clássico “O Chamado”, sabe que todo mundo que assiste à fita amaldiçoada é pego em 7 dias. Para quebrar a maldição e não ser surpreendido pela cliente do poço, você deve fazer cópias da fita e passar para frente.

Em UX não é diferente: você precisa replicar o seu conhecimento mostrando que nenhum produto acaba em 7 dias. Se não fosse assim, não existiriam desenvolvedores e designers no time da Netflix, um produto que já está pronto.

O fato é que projetos acabam, mas produtos digitais nunca acabam. Pequenas funcionalidades são entregues, mas os produtos precisam continuar em melhoria contínua.

Ajude o cliente entender a importância do UX e das melhorias constantes. Entrega, mede, melhora; entrega, mede, melhora; É a única forma de quebrar a maldição.

Crie a primeira funcionalidade em 7 dias, depois:

  • Teste as melhorias com usuários
  • Meça os resultados da funcionalidade entregue
  • Exponha os resultados da entrega
  • Continue fazendo entregas constantes
  • Prove que a cada pequena entrega, o negócio cresce

Cliente Jason

Corta seus testes de usabilidade na sexta-feira 13.

Você está vivendo uma vida feliz, UX está a todo vapor, e de repente as coisas desandam. Toda sexta-feira é dia de fazer testes. É sagrado!

Aí vem um resultado ruim e, no desespero, ao invés de pensar de forma estratégica e no médio-longo prazo, o cliente começa a despriorizar os testes com usuários na tentativa de ajudar o produto ser entregue mais rápido.

Pressa é diferente de velocidade, mas esse cliente não sabe — é aí que os testes são decapitados justamente na sexta-feira 13.

Já tentaram matar o Jason a machadadas, tiros, raios, perfurações. O Jason já foi jogado até da estratosfera se queimando inteiro… Parece que ele morre, mas sempre volta em outro filme.

Então você sempre vai precisar matar o Jason interior desse tipo de cliente.

Compartilhe e comemore todas as conquistas de UX.

Quando a coisa apertar:

  • Relembre as conquistas,
  • Mostre o quanto o produto já cresceu em razão dos estudos, e
  • Salve a agenda das pesquisas e do Design de Experiência do Usuário.

Cliente Jigsaw

Você quer aplicar UX Design mesmo? Vamos jogar um jogo?
“Quem não aprecia a vida, não merece viver.”

Essa é uma frase clássica em “Jogos Mortais”. Você precisa fazer o impossível se quiser valorizar a vida. E no mercado… quem não aprecia o UX não merece ser UX Designer.

Muitas pessoas reclamam que os clientes não dão valor ao UX Design. Na verdade, são muitos designers que não dão o devido valor para a disciplina. Dizem ser UX Designers, mas no fundo, não sabem extrair o real valor que essa disciplina oferece a um produto.

Se você acredita que mapear a jornada do usuário é importante para criar um protótipo com maiores chances de sucesso, não abra mão dessa etapa. Se você abrir, é porque não valoriza o suficiente.

É claro que cada orçamento permitirá você aprofundar nas técnicas em níveis diferentes, e que cada contexto exige uma técnica mais apropriada.
Mas não espere ver seu cliente te pedindo para criar uma persona, mapear uma jornada ou fazer um teste de usabilidade.

O UX Designer é você! Você é o especialista que sabe o que precisa ser feito, e não o cliente.

Você que deve se arriscar para sobreviver. E sobrevivendo, você pode salvar o produto do seu cliente também.

Feliz Halloween e até a próxima! 🎃

Quero te ver vivo no mercado e te ajudar se tornar cada vez mais forte nessa carreira por muito tempo.

Tem alguma história assustadora em UX para me contar? Deixe nos comentários.

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O UX Collective doa US$1 para cada artigo publicado na nossa plataforma. Esta história contribuiu para o Bay Area Black Designers: uma comunidade de desenvolvimento profissional para pessoas Pretas que são designers digitais em San Francisco. Por serem designers de um grupo pouco representado, membros do BABD sabem o que significa ser “o único” em seus times de design e em suas empresas. Ao se juntarem em comunidade, membros compartilham inspiração, conexão, mentoria, desenvolvimento profissional, recursos, feedback, suporte, e resiliência. Silêncio contra o racismo sistêmico enraizado na sociedade não é uma opção. Construa a comunidade de design na qual você acredita.

Os clientes mais assustadores do UX was originally published in UX Collective 🇧🇷 on Medium, where people are continuing the conversation by highlighting and responding to this story.



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